domingo, 7 de setembro de 2008

Reencontrando

[...] mas Remela não me compreende. Queria que ela tomasse um pouco de café comigo. Cachorros costumam ser bons amigos. Bons ouvintes, digo.

Foi um dos sonos mais inquietos deste ano. Meus pulmões estavam curtos e sujos. Minha mente ruminava incessantemente a insanidade que me acometera. "O ego é um pobre coitado."

Se o amor for a casa de Deus, o fel e o mel passam a ser as estações da paixão. Deus não é um homem. E para os que fruem tanto da ciência quanto da poesia, o amor não é uma coisa só.

Ah! Por que Mozart me faz mergulhar tão fundo? Como pude beirar a insanidade? Não consigo compreender o que me precipitou. Será que fui um cachorro? Onde está o café?

[...] que o violão me ajuda a desatar o caos que me deixa submerso à dor. A dor do desconhecido. A dor de um coração que insiste em bater... que teme a guerra que parecia calada: a paixão!

Mas o cigarro já não é o mesmo. Nem o medo. Nem a mãe. Nem o irmão. A dor é fascinante para os mais ousados e otimistas. A dor, ao falecer, alimenta a barriga daqueles que sobreviveram. E eles engrandecem o peito e o coração.

[...] que eu preciso reencontrá-la. Quero contá-la sobre o amor e a esperança. Quero que ela presencie o meu renascimento. O nosso renascimento. O nosso amor.

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