quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Diário da noite

Não puderam me explicar. Nem as nuvens. Nem o frio. Nem a solidão. E eu nem queria saber.

Fui engolido por um buraco. Fui tragado, diluído, queimado. A mãe não pôde me ajudar. Nem a esposa. Nem a amiga. Nem a razão.

Me pus a falar com as paredes. Ria de mim mesmo. Ria do frio e da derrota.

E me pus a calar, encolhido, ouvindo o que a bossa queria falar.

Mas acordei... só porque a calma chegou.

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