Quando olhamos para o céu, o que é que há? E como é que a gente enxerga aquilo que há? De onde vem aquilo que há? De onde vem a nossa crença de que aquilo que há é
tudo o que há?
Tânia Nogueira e a "lei do menor esforço": não me esqueço daqueles dias... daquelas aulas sobre a preguiça, o comodismo, a rigidez do pensamento... daquelas palavras que conceituavam o preconceito — coisa que não é boa nem má. O problema, dizem, é a forma como lidamos com aquilo que o mundo é — ou melhor:
que aparenta ser! O que fazer com aquilo que as
pessoas fazem da gente? O que fazer com as estrelas que os
vaga-lumes colocaram no céu?
Aprendemos que os mortos viram estrelas, e é tão mais fácil acreditar. Aprendemos que Deus é o
juiz, e é tão mais fácil temer. É tão mais fácil ser aquilo que eles querem que sejamos... É tão mais fácil fechar os olhos para a dúvida, para a coragem... Difícil é sair dos trilhos sobre os quais caminhamos há tanto tempo. Difícil é desafiar aquilo que fizeram da gente: os valores, a política, a ciência e a religião — entre outras, coisas que
empacam o desenvolvimento sumo dos nossos potenciais adormecidos.
O céu é um véu que se abre para aqueles que dão a cara a tapa. O céu é uma regalia para aqueles que reconhecem a gordura da própria ignorância. Antes de conhecer o que há do lado de lá,
lancemo-nos à confrontação com o que há do lado de cá!