Força? Coragem? Honra? — que eles têm que me prendem a atenção?
Amor? Audácia? Beleza? — que eles têm que eu não tenho?
Que fazem esses heróis com o meu coração? Ao vê-los, vejo a mim! Vivo dores, desafios, glórias! Vivo sonhos que me forram o sono...
Ah!, essa sede pelo poder — essa pretensão de me ter dono do próprio umbigo!
Autoconfiança? Sabedoria? Liderança? — que eles têm que eu poderia ser?
Heróis não são deuses, e o seu maior privilégio é a mortalidade. Os deuses invejam os homens por isso! — Um período razoavelmente curto para se fazer vitórias, derrotas, história; um período extraordinariamente curto para se viver mediocremente!
Que me torna medíocre, afinal? — Covardia? Fraqueza? Paixão?
— Torna-te aquilo que é! Homem, medíocre é o que tem feito consigo mesmo!
— Que tenho feito de mim, afinal? Que tenho feito daquilo que sou?
Um comentário:
Crescer...
Uma chance merecer...
Ou criar possibilidades?
Tudo ou nada pra ser
Aquiles, Caronte, Sísifo,
Ulisses... ou Édipo.
Ou, na pior das possibilidades,
nada disso ser.
E só se ir sendo e sendo.
Talvez o calcanhar esteja
Naquilo o que mais precisamos
pra nos humanizar:
Tudo recomeçar, mudar
Adeus.
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