domingo, 22 de março de 2009

Do aceitar ao sustentar. Do desejo ao medo.

Não me canso de tentar. Depois que se conhece o céu, o resto é só resto! E vale a pena o esforço, a escalada. A mediocridade da vida reside na distância entre os fragmentos que compõem quem somos. A palavra esquizofrenia bem poderia expressar essa característica dos pobres em autoconhecimento, os desarranjados, os desequilibrados. Os ditos esquizofrênicos são, na verdade, mais mergulhados em si do que essa banda de neuróticos.

Ah!, se eu tivesse mais coragem de me ver pelo avesso! E quando o faço, como me dói a proximidade discordante das diversas porções que me constituem!

Mas o amor, o céu, ele não se repousa num só lugar, num só tempo. O amor é fruto da concórdia, do encontro, da sensibilidade; e é inerente a quaisquer relações traçadas diariamente... — desde que capazes de enlaçá-las e sustentá-las com agrado e concordância.

Mas temos medo de toda essa grandeza! Melhor, temos medo de aceitá-la, prendê-la, perdê-la!

Um comentário:

nay disse...

este traduziu meu coração... e como medo há aqui...