sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Reescovar os dentes


Sou sufocado pelo desejo de me expandir, dado que o desejo me evoca a lembrança de tempos em que a expansão me foi proibida, repelida; de quando gozar, por se vestir de pecado, trazia-me culpa e sofrimento.

Como, afinal, construir uma ponte entre nós dois? Como me expandir até você, meu amor?

Parece que eu já me esqueci de mim... e é mais difícil quando não se encontra a si mesmo... quando estamos cansados demais para reparar os estragos que ameaçam ruir as bases da ponte.

Que diabos é o amor? Que diabos é a liquidez desses abraços longos e confortáveis — abraços que não sufocam?

2 comentários:

[ rod ] ® disse...

Escrito assim os questionamentos tomam formas concretas de saber... e porque saber...

O amor, fatal ao extremo, inebria o lúcido desejo até as formas mais insensatas de viver e como uma boa droga faz falta ao seu doce extermínio.

Boa poesia meu caro.

Abçs,








Novo Dogma:
adiCto...


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

nay disse...

talvez o tempo ajude...