quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Dê-me o controle do tempo



Queria que o ar e o sangue ficassem quietos, encolhidos, no sufoco de um interminável abraço. Queria sufocar a oscilação que me leva ao caos, à imprecisão, às entranhas do mistério que não cabe à minha razão. Donde vem a calma? Donde vem as cores? Donde vem a música?

Queria preservar os olhos que me trazem o aroma dos dias que só eu sei viver... e queria copiá-los e dá-los a quem merece conhecê-los.

Queria provar da fonte que me faz querer. Queria não me lembrar que meus quereres são caroneiros do vento... vento inconstante... vento que me faz gostar e desgostar daquilo que leva e traz o sufoco do abraço — o tempo.

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