Quando se está doente,
qualquer botão de camisa é remédio,
qualquer papel amassado é atestado
e qualquer casa vazia é um tédio.
Quando a doença se instala,
não há flor que se cheire,
livro que se estude
e queijo que se saboreie.
Estar doente é um convite a um mundo triste,
um lembrete de que a saúde é mole
e um sinal de que o fim existe.
sábado, 22 de março de 2014
sábado, 25 de janeiro de 2014
Consciência
Porque refém do que vejo,
ouço e cheiro,
em busca do ponto vagueio.
E tal como Hipátia, de Alexandria,
que só cultivav'amor à filosofia,
e mal como Kátia, mãe do que sou,
que no peito e no aperto me acalentou
– caminho do erro ao acerto,
e, certo de que outrora erro,
contenho a vontade de excretar o berro.
Por ora, a rigor ou a esmo, sou um ponto em que o Céu percebe a si mesmo.
ouço e cheiro,
em busca do ponto vagueio.
E tal como Hipátia, de Alexandria,
que só cultivav'amor à filosofia,
e mal como Kátia, mãe do que sou,
que no peito e no aperto me acalentou
– caminho do erro ao acerto,
e, certo de que outrora erro,
contenho a vontade de excretar o berro.
Por ora, a rigor ou a esmo, sou um ponto em que o Céu percebe a si mesmo.
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